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09/01/2012 06h10

Abertura da Oficina de Música
emociona a plateia do Teatro Guaíra

Durante o discurso de abertura da 30ª Oficina de Música de Curitiba, na noite de segunda-feira (8), e diante de uma plateia de mais de duas mil pessoas que lotou o Teatro Guaíra, a presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Roberta Storelli, homenageou a professora Ingrid Serafim, idealizadora do evento. A homenagem também foi estendida aos outros músicos que dirigiram a Oficina ao longo dessas 30 edições. “Hoje é praticamente impensável um mês de janeiro em Curitiba sem esse encontro. Da mesma forma para o Brasil, é impensável montar um calendário de música antiga, erudita ou de MPB, sem incluir nele a Oficina de Música de Curitiba”, destacou.

Ao finalizar, Roberta Storelli emocionou o público quando convidou ao palco o professor e cantor lírico, Rio Novello, para receber homenagem póstuma à sua esposa, a cantora lírica, Neyde Thomas, durante 22 anos diretora do núcleo de canto lírico da Oficina de Música de Curitiba, falecidaem agosto do ano passado, aos 81 anos. “Ela já não está mais conosco, mas deixou como herança o maior polo de formação de cantores líricos do Brasil”, disse a presidente. Das classes de Neyde Thomas saíram muitos cantores que hoje também fazem sucesso no exterior.

O prefeito Luciano Ducci, em seu discurso, afirmou que a oficina, além de um sucesso, há muito tempo é considerada um dos maiores eventos musicais da América Latina, que atrai gente de todo o país e de vários lugares do mundo. “Trata-se de uma demonstração de que a cidade está cada vez mais preparada para receber. Neste ano de 2012 não será diferente. Começamos em grande estilo com a Oficina, teremos, em março, o Festival de Curitiba, depois a Bienal da Dança, a entrega do Centro Cultural Portão, a Convenção Internacinal de Quadrinhos – Gibicon e a Virada Cultural. É sempre uma alegria para mim, não somente como prefeito da cidade, mas como cidadão curitibano, participar dessas celebrações culturais”. Na plateia, o prefeito vibrou durante a apresentação da Camerata Antigua de Curitiba, especialmente com o solo da pianista Cristina Ortiz, com direito a bis. “Um espetáculo de arte e de emoção”, completou.

O secretário de estado da cultura, Paulino Viapiana, que representou o governador Beto Richa, arrancou aplausos quando anunciou a criação do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Lei 17043 de 30 de dezembro de 2011) e do Conselho Estadual de Cultura. Além de destacar a importância da Oficina não somente para Curitiba, mas para a região, inclusive para o litoral, já que terá um módulo em Paranaguá, o secretário prometeu, nas edições futuras, reproduzir o evento em outras cidades do Paraná.

Osvaldo Ferreira, diretor artístico da fase erudita da Oficina e maestro do concerto de abertura, momentos antes da apresentação, disse que, para ele, trabalhar na oficina de música sempre foi muito gratificante. Ele destacou que dirigir a edição número 30 do evento exige muito mais responsabilidade. “Afinal, ao longo desses anos, passaram por aqui milhares de jovens que fazem sucesso na cena musical de todo o mundo. Muitos, inclusive, retornam para a oficina como professores”. Exemplo disso é o violinista Rodolfo Richter, diretor de música antiga, ex-aluno da oficina, curitibano que mora atualmente na Inglaterra, onde participa de diversos grupos musicais e leciona no Royal College Of Music, de Londres, uma das principais instituições do gênero no mundo, onde professores e alunos têm papel significante na formação da história e do desenvolvimento da música clássica ocidental nos séculos XX e XXI.

A diretora superintendente do Teatro Guaíra, Mônica Rischbieter, assistiu ao concerto e disse: “Foi maravilhoso ver o teatro lotado com um programa completo na abertura do maior evento de música da cidade”.

  • Foto: Luiz Cequinel

  • Foto: Luiz Cequinel

  • Foto: Luiz Cequinel

  • Foto: Luiz Cequinel

  • Foto: Luiz Cequinel

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