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10/01/2012 08h53

Professores da Oficina lotam a Capela Santa Maria

Foto: Marcos Campos

O Recital de Professores da 30ª Oficina de Música de Curitiba, ontem (10), na Capela Santa Maria, reuniu músicos de vários países, como Brasil, França, Portugal, Alemanha e Estados Unidos.  A Capela excedeu sua lotação. Muitas pessoas sentaram-se no chão, tudo para ver os professores tocar.

Várias figuras conhecidas estavam na plateia, inclusive os músicos do Fry Street Concert, que após a apresentação foram até os bastidores para parabenizar os professores.

Num primeiro momento, Rodrigo Capistrano tocou no saxofone a música Flanagem nº 1, composta por Harry Crowl e dedicada especialmente ao professor.

A segunda peça, Tzigane, foi executada pelo violinista francês David Lefevre e pela pianista russa Olga Kiun. Quando Maurice Ravel criou essa música, baseou-se nas obras ciganas. De difícil execução, a composição dura cerca de 10 minutos. O interessante na apresentação de ontem foi que Lefevre tocou a música inteirinha de cor. Ele e Olga demonstraram muita sintonia durante o espetáculo e a plateia percebeu isso. Os dois músicos foram aplaudidos de pé, por um público muito animado.

Já na terceira apresentação, o número de músicos cresceu. Oito professores, de cordas e sopro, executaram quatro dos seis movimentos da peça de Franz Schubert.  O primeiro movimento teve um destaque do violino. No segundo, o clarinete ganhou mais espaço, e num dado momento começou a “conversar” com o violino. Os movimentos, de uma forma geral, também são bem longos. Para se ter uma ideia, o Adagio (segundo movimento) durou 11 minutos.

Essa peça tem uma história curiosa. Schubert a compôs por encomenda do conde Ferdinand Troyer, que era clarinetista. Por isso a presença constante do som do clarinete, que se destaca entre os outros instrumentos de sopro (fagote e trompa).

O público adorou as apresentações. Felipe Schlichting, aluno de piano da Oficina, diz que achou as apresentações fantásticas. “Sou de Santa Catarina. Lá é difícil encontrar formações como as de hoje” comentou. Além de ver as apresentações e frequentar as aulas, Felipe está aproveitando para encontrar conhecidos de outros festivais de música e para conhecer a cidade.

Nos bastidores, a violoncelista Adriane Savytzky disse que achou o público ótimo. Contou que a escolha da música aconteceu por uma troca de e-mails entre os professores, que sugeriram várias peças até chegarem ao Octeto para cordas e sopro. Segundo ela, os ensaios foram tranquilos. Como cada músico é de uma nacionalidade, as passagens antes da apresentação foram todas em inglês.

Quem perdeu a oportunidade de assistir a essa apresentação, ainda pode ver o recital de outros professores, que acontece nesta quarta-feira, às 19h, na Capela Santa Maria.

Colaboração: Laís Graf