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16/01/2012 16h40

Os efeitos da música além da simples diversão

Foto: Leila Moreti

Para alguns, música é diversão, hobby, passatempo ou até o próprio sustento. Outros vão mais além: “para mim, a música é uma fonte de vida”, descreve Eduardo de Abreu Sabatke, trompetista e aluno assíduo das aulas de trompete da Oficina de Música de Curitiba, da qual já participa pela 13ª vez.

A frase pode ser levada no sentido literal, no caso de Sabatke, hoje com 34 anos. Diabético desde os sete e com outros problemas de saúde, inclusive respiratórios, tem se mantido feliz e motivado por causa da música, sua válvula de escape. “Se eu precisasse parar de tocar hoje, entraria em depressão, tudo perderia o sentido”, desabafa. Além disso, é o trompete que mantém os pulmões fortalecidos e tornam menos agressivas as crises de infecção pulmonar. “No início, os médicos não acreditavam que eu pudesse tocar, mas logo perceberam que seria benéfico para mim. Já levei o trompete para tocar no hospital quando estava internado”, revela.

O amor pela música veio cedo. Aos nove anos começou a reproduzir no teclado da casa da tia e no piano da mãe as melodias que ouvia. “A primeira música que aprendi a tocar no teclado só ouvindo, foi a Rendez Vous, do francês Jean-Michel Jarre. Toquei ela inteira”, relembra. Mas o trompete sempre foi o instrumento que mais atraiu a atenção do garoto, que se encantou ao ouvi-lo em trilhas sonoras de filmes. Depois que aprendeu a tocar trompete, Eduardo, que também sabe tocar piano e flauta doce, nunca mais quis saber de outro instrumento. “Acredito que a música representa nosso estado de espírito, o coração bate conforme o ritmo”, conta explicando sua afinidade com o instrumento.

Tecnólogo em construção civil e técnico em edificações, Eduardo conta que nenhuma dessas profissões foi o suficiente para atraí-lo. Antes disso, fez conservatório e licenciatura em Música na Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), além de pós-graduação em Educação Musical na mesma escola. A carreira musical começou na época escolar, quando tocava em bandas com os demais alunos. Além disso, foi professor voluntário de trompete. Atualmente, o maior projeto do trompetista é a banda Paraná Brass, a qual ajudou a fundar em 1999. “Foi meu primeiro contato com músicos profissionais. Só na Oficina de Música já tocamos em umas dez edições”, explica. Eduardo faz o 3º trompete na Paraná Brass, que se apresentou neste domingo (15), no Memorial de Curitiba.

Quanto ao futuro, o músico prefere dar um passo de cada vez. “Cuido primeiro do meu crescimento musical. Dessa forma vou construindo cautelosamente um futuro melhor para mim”, finaliza.

Colaboração: Leila Moreti

  • Foto: Leila Moreti

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