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16/01/2012 18h41

Tradutores voluntários fazem a diferença na Oficina de Música de Curitiba

Desde 2009 a Oficina de Música de Curitiba convida tradutores voluntários para atender os professores estrangeiros. E a cada ano, aumenta o número de candidatos, que enviam seus currículos para participar do evento. Para a 30ª edição, foram selecionados 23. “São, geralmente, interessados em música que querem ficar por dentro do que acontece em um dos maiores eventos musicais da América Latina”, explica Márcia Squiba, responsável pelo atendimento aos professores que vêm do exterior. “É, sem dúvida, um trabalho fundamental para o bom desempenho das aulas e para que os professores e alunos aproveitem o máximo da Oficina”. Além disso, prossegue, “com um tradutor a tiracolo, o estrangeiro pode ter mais contato com nossa cultura e melhor acesso aos próprios espetáculos da oficina”.

Os tradutores voluntários, além da infraestrutura e logística proporcionada pela Fundação Cultural de Curitiba, terão uma declaração por serviços prestados, documento crucial para o currículo profissional, especialmente para os que ainda estão na universidade. “Ações voluntárias abrem portas para o mercado de trabalho e para o ingresso em renomadas instituições de ensino, principalmente do exterior, como Oxford (Inglaterra) e Harvard (Estados Unidos)”, destaca Márcia.

Marja Braga, 38 anos, pós-graduada em Gestão Ambiental pela Universidade Federal do Paraná, faz, em parceria com o colega Márcio Cassab, a tradução da performance Crossroads, do ambientalista norte-americano, Robert Davis, nesta segunda-feira (16), no Teatro do Paiol. Para ela, “valiosa oportunidade” para conhecer outros tradutores, melhorar sua rede de contatos, ter acesso a outras culturas e, claro, ficar mais próxima da música, que ela tanto gosta – sobretudo do repertório clássico-erudito.

O carioca Marcos Dopheide, 46 anos, que já morou na Irlanda e na Inglaterra – onde chegou a cantar em um coral de Música Popular Brasileira e em um coral com o qual cantava nos idiomas Mauí, Zulú, em diletos nigerianos e em Português –, hoje mora em Curitiba desde setembro do ano passado. É ele o intérprete (Inglês/Português) das aulas do professor canadense, o violinista David Lefèvre: “é uma experiência duplamente gratificante. Além de aprender mais sobre música e outras culturas, tenho aprendido sobre Curitiba, principalmente sobre o jeito curitibano de ser”. Ele, que fala Alemão e Inglês, quando soube pela internet que a Fundação Cultural de Curitiba estava selecionando tradutores voluntários, não teve dúvidas, candidatou-se na hora. E o trabalho na Oficina já superou suas expectativas. “Estou aprendendo muito, não somente com o professor Lefèvre, que é fantástico, um músico e uma pessoa sensacional, mas também com os alunos, que são excepcionais”. Marcos também trabalhou como intérprete de integrantes do grupo Millenium Brass (EUA) com quem descobriu alguns “segredinhos” da música. “Não tinha ideia de como era um Ensamble. Foi genial. Uma experiência incrível, que não tem preço”.

  • Marja Braga, uma das tradutoras voluntárias da Oficina - Foto: Luiz Cequinel

  • Marcos Dopheide, tradutor voluntário da Oficina - Foto: Luiz Cequinel