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25/01/2012 20h12

Un llorón legitimo

Foto: Luiz Cequinel

A fase MPB da Oficina de Música de Curitiba sempre atrai muitos estrangeiros, especialmente los hermanos del Mercosur. O saxofonista argentino Matias Carazzo, 31 anos, que está assistindo às aulas de saxofone do professor Nivaldo Ornelas, conta que esta é a segunda vez que participa do evento. A primeira foi em 2010. Quando retornou à sua cidade, Buenos Aires, onde toca em orquestra de música erudita e em big band de jazz, decidiu se juntar a outros músicos apaixonados pelo ritmo brasileiro. Resultado? Montou um quinteto de choro que, segundo ele, “é sucesso de público e renda”. O grupo de chorões argentinos toca em bares cuja maioria dos frequentadores são turistas estrangeiros, inclusive brasileiros. “Tem brasileiro que nem acredita que somos argentinos quando vê ouve a gente tocando choro”, conta o músico.

Como você se interessou pela Música Popular Brasileira?
Em Buenos Airesjá conhecia alguns músicos que tocam chorinho e sempre gostei de ouvi-los. Depois quis conhecê-los mais de perto. Comecei e frequentar os lugares onde eles tocavam, a pesquisar mais na internet. Descobri a sanfona nordestina por Dominguinhos, Sivuca; estou aprendendo a tocar flauta com Rodrigo Castro e meu sonho é aprender a tocar pandeiro com a ginga do brasileiro.

O que mais o encanta na MPB – o ritmo, a sonoridade, a poesia?
Tudo me encanta. Especialmente o ritmo. Mas não dá para não pensar na melodia que é encantadora. É sempre bom de trabalhar com uma música que oferece beleza na sua sonoridade.

Como você descobriu a Oficina de Música de Curitiba?
Estava pesquisando o trabalho do músico Antonio Rocha na internet e descobri que ele estava dando aulas na Oficina de Música de Curitiba. Como minha namorada mora em São Paulo e estuda música na Unicamp (Universidade de Campinas) achei que não seria tão fora de mão. Depois ela me ajudou a pesquisar e as referências foram as melhores. Então decidi fazer minha primeira oficina em 2010 e de lá para cá já me considero um “chorão legítimo” (risos).

Você disse que seu quinteto de choro toca mais para turistas estrangeiros. E os argentinos, entre o choro e o samba, o que preferem?
Acho que os argentinos gostam mais do samba.

Por quê?
Por causa do ritmo mais dançante, talvez por causa do carnaval, do colorido, porque lembra mulheres belas, praias ensolaradas de águas quentes e limpas. Na Argentina não temos nada disso. E o samba está sempre ligado a esse cartão postal brasileiro que o mundo inteiro adora.