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26/11/2012 17h55

Oficina de Música de Curitiba oferece novidades para 2013

A Oficina de Música de Curitiba, um dos patrimônios culturais da cidade, realizada pela Prefeitura Municipal e Fundação Cultural de Curitiba, por meio do Instituto Curitiba de Arte e Cultura (ICAC), e com o patrocínio da Petrobras, chega a sua 31ª edição em 2013, com uma novidade para os participantes. Além das aulas com professores consagrados nos cenários nacional e internacional, os alunos contarão com o projeto Digitópia, que consiste em um conjunto de vários computadores de livre acesso, no qual as pessoas são provocadas a criar ou ouvir música com a utilização de vários softwares.

Essa é apenas uma das inovações que integram uma intensa programação preparada para o período de 9 a 29 de janeiro. Serão 99 professores vindos de todo o Brasil e de 17 países como Suíça, Portugal, França, Itália, Alemanha e México, responsáveis por 92 cursos nas fases erudita e popular. Já estão previstos aproximadamente 85 espetáculos, levando ao público o talento de artistas de várias partes do mundo. As inscrições para os cursos estarão disponíveis no site da Oficina de Música (www.oficinademusica.org.br) a partir do dia 1º de dezembro.

“O respaldo como um dos eventos mais importantes na formação e aperfeiçoamento musical da América Latina garante a realização da Oficina de Música de Curitiba por tantos anos”, ressalta Janete Andrade, diretora artística da Oficina de Música. Como ex-aluna das primeiras edições da Oficina – ao lado de outros músicos que hoje desenvolvem carreiras vitoriosas –, Janete vê com grande satisfação o desdobramento e a consolidação da iniciativa.

Formato – A Oficina de Música de Curitiba compreende as fases erudita e popular, formadas por cursos, concertos, espetáculos e seminários, atingindo um público estimado em 50 mil pessoas. A programação pedagógica atende à formação individual do aluno, aliada às práticas em conjunto, em um intenso trabalho sob a tutela individual ou coletiva de professores e artistas consagrados.

As atividades da Oficina de Música englobam orquestras, música de câmara, programa vocal voltado à montagem de Estúdio Ópera, banda sinfônica, práticas de coral, música antiga, música e tecnologia, música popular brasileira com suas derivações na música instrumental e música de raiz, ações e cursos descentralizados em todas as Regionais da cidade.

O programa pedagógico, de total imersão musical, tem gerado, ao longo dos anos, a preparação de várias gerações de músicos, que dão continuidade aos trabalhos musicais no Brasil e no exterior, atuando em instituições musicais mundialmente reconhecidas. Entre eles figuram nomes como Alexandre Klein, que já ocupou o cargo de primeiro oboísta da Chicago Symphony Orchestra e atualmente responde pela direção artística do Festival de Música de Jaraguá; Cristiano Alves e Carlos Prazeres, respectivamente primeiro clarinete e primeiro oboísta da Petrobras Sinfônica; Carlos Moreno, que comandou a Orquestra Sinfônica da USP e hoje rege a Orquestra Sinfônica de Santo André; e Nelson Kunze, editor da Revista Concerto. Outro exemplo é o violinista curitibano Rodolfo Richter. Aluno das primeiras Oficinas, Richter partiu para uma carreira internacional e vive há 15 anos em Londres, onde é professor do conceituado Royal College of Music.

Destaques– Na fase de música erudita, que abre os trabalhos da Oficina de Música de Curitiba, estão professores que pela primeira vez compartilham seu talento com alunos da Oficina. Na relação, constam a violoncelista francesa Catherine Strinx, o contrabaixista russo Artem Chirkov, o flautista Marcos Fregnani Martins, brasileiro radicado na Alemanha, e a pianista polonesa Magdalena Lisak. Na parte de música antiga, os novos nomes são o violinista Andrew Fouts e a violoncelista Phoebe Carrai, ambos dos Estados Unidos, mais a soprano suíça/argentina Maria Cristina Kiehr e o oboísta barroco Diego Nadra, da Argentina.

Na etapa de música popular, também há novas participações, por conta de músicos como o arranjador Jaime Alem e o pianista Amilton Godoy, além do compositor francês do Théâtre du Soleil, Jean Jacques Lemetre. No Núcleo Latino-americano, estreia do percussionista mexicano Ricardo Gallardo.

Digitópia– O projeto Digitópia foi criado em 2007 e tem o seu espaço físico na Casa da Música, na cidade de Porto, em Portugal. É um conjunto de vários computadores de livre acesso, provocando o usuário a criar ou ouvir música com a utilização de vários softwares. O programa está sendo usado em países como Suécia e Estados Unidos.

O Digitópia é uma proposta dentro da área das novas tecnologias aplicadas à música. Os trabalhos musicais criados pelos frequentadores do Digitópia podem ser levados para casa pelos seus criadores, por meio de pendrive ou de CD. 

Em 2010, foi desenvolvido o Digitópia Itinerante, um formato portátil (quatro laptops, iPad e iPhones, além de controladores: teclados, controladores midi, entre outros) que permite que estas oficinas de composição de música digital possam ser feitas em diversos locais como Fundação Calouste Gulbenkian, em  Lisboa (Portugal), e no Palácio  da Música Catalã, em Barcelona (Espanha). A proposta de trazer esse projeto à Oficina de Música de Curitiba é despertar o interesse pelo uso da informática na criação musical de forma recreativa.