Público lota Teatro Guaíra na abertura da 31ª Oficina de Música de Curitiba
O que se viu, ontem (9), no Teatro Guaíra, é uma amostra do prestígio que a Oficina de Música de Curitiba conquistou na cidade, no país e no mundo. O público lotou o teatro para assistir ao concerto da Camerata Antiqua de Curitiba na cerimônia da abertura da 31ª edição do evento. Os músicos apresentaram um espetáculo memorável, de alta qualidade técnica e artística, um aquecimento do que vem por aí na programação deste ano. A Oficina de Música está imperdível.
Antes de iniciar o concerto, subiram ao palco o prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, a vice-prefeita, Mirian Gonçalves, a diretora-geral da Secretaria de Estado da Cultura, Valéria Marques Teixeira, o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, e a ex-presidente Roberta Storelli, cuja gestão encerrada em 2012 planejou e organizou a Oficina deste ano. Ainda foi chamada a vereadora Julieta Reis, responsável pela criação do projeto de lei, aprovado no final do ano passado, que inseriu no calendário oficial da cidade a Oficina de Música de Curitiba, um dos eventos musicais mais importantes da América Latina.
Espectador assíduo da Oficina desde sua primeira edição, Cordiolli agradeceu o apoio da Prefeitura de Curitiba, do Governo do Estado, da equipe de produção da Fundação Cultural de Curitiba e ao público presente. “É muito bom voltar aqui depois de 31 anos e ver a casa cheia, uma cidade inteira mobilizada para receber esse grande conjunto de pessoas vindas de todos os cantos do mundo”. Segundo ele, os encontros musicais e pedagógicos da Oficina colocam lado a lado países e idiomas, permitindo a confraternização de diversas culturas. “Os espetáculos e as aulas ministradas na Oficina de Música são um grande encontro de humanismo, porque nos permitem o contato com diferentes gêneros musicais, mobilizam nossas subjetividades e nos colocam em contato com o que temos de mais profundo: a capacidade de fruir arte”.
O prefeito Gustavo Fruet ressaltou a importância da Oficina para o calendário cultural do país e se disse orgulhoso por poder presenciar mais uma edição do evento. “A Oficina de Música é um patrimônio cultural de Curitiba, o primeiro evento no calendário oficial da cidade para o Brasil e para o mundo que jamais deve ser interrompido”. E reafirmou, ainda, seu compromisso em potencializar a atividade cultural como fator de inclusão e desenvolvimento da capital paranaense. “Esta agenda hoje é tão importante quanto à da saúde, da educação e da segurança pública”, disse.
O concerto
Na noite de abertura, a Camerata Antiqua de Curitiba, um dos mais importantes e também mais antigos conjuntos de câmara do país, foi regida pelo maestro argentino Juan Manuel Quintana.
A primeira parte do concerto teve a participação especial do esloveno Boštjan Lipovšek, que fez o solo de trompa numa das composições de Wolfgang Amadeus Mozart (Concerto para trompa e Orquestra nº 1 em Ré maior), e do violonista brasileiro Fabio Zanon, aplaudido em pé pelo público presente por sua performance no “Concerto à brasileira para violão e orquestra de cordas”, de Radamés Gnattali.
Na segunda parte, coro e orquestra da Camerata apresentaram a peça “Coronation Anthems”, de Haendel, escrita em 1727 para a coroação do Rei George II e da rainha Caroline, da Inglaterra. Sob aplausos entusiasmados, Quintana subiu duas vezes ao palco para agradecer ao carinho do público curitibano.
O público
Entre os presentes na plateia do Guairão, estava o representante comercial Luis Rogoski (60), que pela primeira vez assistia a um espetáculo de música erudita. Para ele, o papel da Oficina é o de provocar interação entre estudantes, professores e público. “Isso contribui para a formação de uma tradição musical em nosso país”, afirmou.
O concerto também foi uma experiência inédita para a eletricitária Adeline Bordin (31). “É muito gratificante ver o Guairão lotado em plena quarta-feira. Sempre acompanhei a Oficina de Música, mas assistia apenas às apresentações de música popular. Hoje, mudei meu conceito e posso dizer que me tornei também uma admiradora da música erudita”.
Programação
Nesta quinta-feira (10), os destaques da programação da 31ª Oficina de Música são a apresentação do Quarteto de Cordas Lopes Graça, de Portugal, e o recital de piano da polonesa Magdalena Lisak. Já na sexta-feira (11), apresentam-se o Grupo Omundô, com seu repertório musical singular, que abrange temas instrumentais e vocais das mais variadas regiões do planeta, e Música de Câmara, com os músicos Winston Ramalho (violino), Artem Chirkov (contrabaixo) e Olga Kiun (piano). A programação completa está disponível no site www.oficinademusica.org.br.
A 31ª Oficina de Música de Curitiba é uma realização do Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Fundação Cultural e Prefeitura de Curitiba, Governo do Estado do Paraná, Ministério da Cultura e Governo Federal, com o patrocínio da Petrobras e da Sanepar, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. A 31ª edição conta ainda com o apoio cultural das seguintes instituições: Ano Brasil Portugal, Casa da Música de Portugal, Centro Cultural Teatro Guaíra, Conservatório de Lyon, Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba, Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Faculdade de Artes do Paraná, Família Farinha, Goethe-Institut Curitiba, Jasmine Alimentos, Musicamera Produções, Orquestra Filarmônica de São Petesburgo, Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Paraná, Rádio e Televisão Educativa do Paraná – É-Paraná, Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná e Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Mais informações sobre a 31ª Oficina de Música de Curitiba nos sites:
www.oficinademusica.org.br
www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br
www.facebook.com/fundacaoculturaldecuritiba
www.twitter.com/fccuritiba
www.instagram.com/oficinademusica
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