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21/01/2013 17h55

Em clima de comemoração, concerto da Orquestra Sinfônica e Coro da 31ª Oficina de Música encerra fase erudita do evento

Foto: Alice Rodrigues

 

A apresentação, que aconteceu nesse sábado (19), no Guairão, reuniu o talento de alunos e professores, e simbolizou a essência da Oficina de Música. Mais do que o ensino e aperfeiçoamento de conhecimentos musicais, o evento se caracteriza também pelo esforço coletivo de uma equipe dedicada, que possibilita o compartilhamento de experiências, tanto entre músicos profissionais e amadores, como com o público, que tem comparecido em peso às apresentações.
 
E para permitir que os aprendizes da Oficina demonstrassem as habilidades adquiridas nos dez dias de intensa dedicação, três grandes obras foram escolhidas para o programa da noite. 
 
A primeira, sob a regência de um dos alunos que mais se destacou na classe de regência, Gustavo Korbenstein, foi O Idílio de Siegfried, de Richard Wagner. Uma das poucas composições sinfônicas de Wagner, a peça é a primeira parte da ópera Siegfried, criada pelo compositor para comemorar o nascimento de seu filho, Siegfried Wagner. No início e fim da obra, destacam-se as cordas, e na parte central, o tema Dorme, neném, dorme, executado pelo oboé. 
 
Em seguida, a Orquestra Sinfônica e o solista russo Alexander Trostiansky (violino) interpretaram Concerto para violino em Ré Maior, Op. 31, de Pyotr Tchaikovsky. O aluno Sammy Fuks, outro destaque das classes da Oficina, foi escolhido para reger a obra. Trostiansky brilhou em sua execução e, antes mesmo do último tema do concerto, recebia os aplausos calorosos do público. 
 
Durante o intervalo, o clima de comemoração tomou conta do Guairão. Ao palco, subiu a maestrina Mara Campos. Em sua fala, a também regente do coro daquela noite agradeceu ao empenho de toda a equipe envolvida na produção da Oficina. “Muitas vezes nos esquecemos dos profissionais por trás dessas belas apresentações a que assistimos. Mas o concerto dessa noite e todos os demais que vimos até agora, só aconteceram graças ao trabalho dessas pessoas”. 
 
A diretora artística geral da 31ª Oficina, Janete Andrade, também destacou o trabalho dos profissionais que fazem o evento. “Sempre gosto de lembrar que somos os responsáveis por tornar possíveis os momentos mais elevados que uma sociedade pode ter”, disse. Pediu, então, para que os colaboradores se levantassem na plateia para receber com aplausos a homenagem dos presentes. 
 
E foi sob a atmosfera de integração e boa vontade que a segunda parte do espetáculo começou. No palco, as 180 vozes do Coro da 31ª Oficina tomavam, uma a uma, seus lugares. Acompanhadas por batuques e sob a regência de Mara, cantaram “Dona Nobis Pacem”, da Missa Afro-brasileira, de Carlos Alberto Pinto da Fonseca. “Um pedido de paz”, como explicou a regente.
 
Magnificat-Aleluia para coro, contralto e orquestra, de Heitor Villa-Lobos, encerrou a noite. A solista Ariadne Oliveira foi quem conduziu com seu canto os últimos acordes da primeira fase da Oficina que, à brasileira, entrava em sua fase de música popular. 
 
Público
 
Entre os espectadores que lotaram o Guairão, um trio se destacava pela emoção evidente em presenciar o concerto. Eram os pais e a avó do tenor e aluno da classe de coro da Oficina, Rafael Jauch (28) que, além de prestigiar a estreia do rapaz, filmaram toda a apresentação. “Achei maravilhoso, foi a primeira vez que o Rafael se apresentou no Teatro Guaíra e estou muito orgulhosa”, disse Marta Regina Jauch (53), mãe do aprendiz. Para ele, a presença de seus familiares foi motivo de honra. “Acabo de viver uma experiência inenarrável”, relatou emocionado. 
 
Orgulhosas também estavam as filhas de Paula Guimarães (45), Isadora (19) e Veridiana (21). Aluna da fase de música popular nas edições anteriores da Oficina, Paula resolveu ampliar seus horizontes musicais ao se inscrever na fase erudita, na classe de prática coral. “A Mara [Campos] fez um ótimo trabalho. Com apenas uma semana de ensaio, conseguimos chegar a esse resultado tão bonito”, contou. “Foi lindo. O coro, a orquestra, a participação da minha mãe e, principalmente, o solo de violino, que me emocionou”, disse Veridiana. 
 
 
A 31ª Oficina de Música de Curitiba é uma realização do Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Fundação Cultural e Prefeitura de Curitiba, Governo do Estado do Paraná, Ministério da Cultura e Governo Federal, com o patrocínio da Petrobras e da Sanepar, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. A 31ª edição conta ainda com o apoio cultural das seguintes instituições: Ano Brasil Portugal, Casa da Música de Portugal, Centro Cultural Teatro Guaíra, Conservatório de Lyon, Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba, Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Faculdade de Artes do Paraná, Família Farinha, Goethe-Institut Curitiba, Jasmine Alimentos, Musicamera Produções, Orquestra Filarmônica de São Petesburgo, Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Federal do Paraná, Rádio e Televisão Educativa do Paraná – E-Paraná, Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná e Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
 
Mais informações sobre a 31ª Oficina de Música de Curitiba nos sites: