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ORQUESTRA À BASE DE SOPRO E GABRIELE MIRABASSI

Composições de Guinga, Gabrielle Mirabassi, Chico Buarque de Holanda, Edu Lobo, Lea Freire, André Mehmari, Jacob do Bandolim, Waltel Branco

Direção artística: Sérgio Albach

A OABS tem como proposta estética principal para o seu repertório, executar a Música Popular Brasileira em seus diferentes formatos; daquela instrumental sofisticada até as de salão, das gafieiras. Desde 2003 temos trabalhado com um ou dois convidados por ano, sempre com o intuito do intercâmbio e aprendizado. Por isso escolhemos a dedo músicos que tem experiência com o trabalho de orquestra na música brasileira, tais como: Itibêre Zwarg criador da orquestra Família Itibêre, Nailor Proveta diretor da orquestra Mantiqueira, Roberto Sion da Orquestra Jovem Tom Jobim da Universidade Livre de Música, entre outros.

Em 2008 assisti a um concerto em Curitiba do violonista e compositor Guinga, que trazia ao palco o clarinetista italiano Gabriele Mirabassi. Com uma carreira internacional consolidada, este virtuose da clarineta impressiona o público tanto pela sua técnica apuradíssima como pelo profundo conhecimento da música brasileira.

O Mirabassi, quando em contato com a cultura do Brasil, sua música, sua “gente”, foi pesquisar a fundo do que se tratava, ficou encantado, e estudou também a língua portuguesa escrita e falada (que está dominando com maestria). Todo esse envolvimento tornou o Gabriele um grande intérprete e divulgador da nossa música em todo o mundo. Quando convidado a ministrar aulas na oficina de música de MPB de Curitiba, o clarinetista italiano, que tem uma humildade extrema, ainda relutou alegando não saber tocar como os brasileiros...

Para quem já teve a oportunidade de ouvi-lo sabe que isto não tem o menor fundamento! Depois de aceito o primeiro convite, a nossa amizade e parceria se consolidaram. Aí foi um passo para trazê-lo como nosso primeiro e único (pelo menos até hoje) convidado internacional da OABS, não só como solista, mas como compositor também. Foi um encontro difícil de descrever com palavras. A empatia com os músicos, o repertório escolhido, os arranjos, os ensaios, tudo aconteceu na mais perfeita harmonia, uma verdadeira comunhão.

É interessante registrar que uma das coisas mais difíceis no concerto, é conseguir manter a atenção dos músicos depois dos improvisos deste músico genial. Todos querem acompanhar seus solos que vão da sensibilidade das notas certas ao virtuosismo na medida exata, como poucos solistas internacionais. Com tudo isto conspirando a favor, não poderíamos deixar de registrar em áudio e vídeo as apresentações realizadas. Todos se superaram e fizemos um concerto memorável que agora pode ser dividido com todos, graças à parceria com o selo italiano EGEA, o qual de antemão agradeço pela confiança no nosso trabalho.

Sergio Albach

  • 21h
  • Teatro da Reitoria da UFPR
  • R$20 e R$10
  • Fotos