Os resultados dos estudos desenvolvidos na fase erudita da 30ª Oficina de Música de Curitiba começam a tomar conta dos palcos, levando ao público o talento de músicos de todas as idades. Nesta terça-feira (17), às 18h, na Capela Santa Maria, acontece a apresentação dos participantes da Classe do Método Suzuki / Violino e Violoncelo, curso que retorna à grade da Oficina de Música depois de uma ausência de sete anos.

Em sua maioria de Curitiba, mas também vindos de outras cidades paranaenses e de Santa Catarina, 45 alunos com idades a partir de cinco anos aprimoraram seus conhecimentos sob a orientação das irmãs curitibanas Simone Ritzman Savytzky, Vanessa Savytzky Schiavon e Adriane Ritzman Savytzky, instrumentistas que integram a relação dos mais importantes nomes da música no Paraná. Para a performance do grupo, foram selecionadas obras de A.E. Gretry, L. Portnoff, F.Seitz, A.Dvorak, J.F. Reichardt, C. W. Weber, T.H. Bayly, Shinichi Suzuki, Alexandre Metratone e Dale Brubaker, além de canções francesas e músicas folclóricas da Suécia. 

O método – O Método Suzuki surgiu no Japão, depois da II Guerra Mundial, criado por Shinichi Suzuki. Era dedicado às crianças órfãs de guerra e baseava-se em canções folclóricas do mundo todo. O método é essencialmente voltado ao desenvolvimento da sensibilidade humana, sem visar formação profissional. O Método Suzuki foi introduzido no Brasil há 35 anos, no Rio Grande do Sul e está sendo aplicado há 31 anos no Paraná.

“A base desse método é o triângulo pais, professor e aluno”, explica a professora Vanessa Schiavon. Outro destaque é que também os pais aprendem a tocar o instrumento para que possam passar os conhecimentos aos filhos, da mesma forma que ensinam a língua nativa. O método não exclui ninguém. Idade, problemas físicos ou motores não são barreiras para o aprendizado da música. O método parte do princípio de que todos têm talento. No Brasil, as crianças começam a aprender música pelo Método Suzuki a partir dos quatro anos, em média. No Japão, o método é aplicado com meninos e meninas de dois anos e meio de idade.

As crianças aprendem primeiro a música de ouvido, para depois saber ler as partituras, após a alfabetização. Essa maneira de aprender música revela-se mais rápida do que o método convencional. “A criança desenvolve concentração, memorização e socialização, além de passar a ser intelectualmente mais ativa”, ressalta Vanessa. Outro aspecto importante é que o curso trabalha com músicos do futuro, garantindo o desenvolvimento de novos artistas.

Muitos concertistas paranaenses, hoje conhecidos internacionalmente,  iniciaram seu aprendizado pelo método Suzuki. Entre eles estão Rodolfo Richter, que responde pela direção de Música Antiga da 30ª Oficina de Música de Curitiba, além de Luiz Gustavo Surgik (spalla da Orquestra de Hamburgo - Alemanha) e João Eduardo Titton (mestre em Música nos EUA).

As professoras – Integrante da Camerata Antiqua de Curitiba, a partir de 1980, e da Orquestra de Câmera de Curitiba, com a criação do grupo em 1986, Vanessa Savytzky Schiavon é membro da Associação Suzuki das Américas, desde 1992. A instrumentista desenvolveu os estudos de violino na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, tendo como professores Hildegard Soboll Martins, Paulo Bosísio e Moisés de Castro. Em 1995, Vanessa realizou turnê com a Camerata Suzuki do Brasil, sob a regência do maestro Graham Griffits, com apresentações na Inglaterra, Escócia e Irlanda.

Simone Ritzman Savytzky é diplomada em violino pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná e realizou concertos em vários países da Europa e América do Sul. Especialista no Método Suzuki, comandou workshops no London Suzuki Group, na Inglaterra. Ocupou o cargo de Spalla da Orquestra Sinfônica do Paraná durante 15 anos e atualmente integra a Orquestra Sinfônica do Paraná e a Orquestra de Câmera da PUC.

Adriane Ritzman Savytzky estudou violoncelo com Gedeão Martins e Zygmunt Kubala, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, tendo conquistado o primeiro lugar em importantes concursos  nacionais. Atuou como primeiro violoncelo nas orquestras sinfônicas do Paraná e de Porto Alegre (RS), além da Orquestra de Câmara de Blumenau (SC) e Camerata Antiqua de Curitiba. Convidada regularmente para ministrar cursos e apresentações por todo o Brasil, América Latina, Europa, Japão e Estados Unidos, hoje é membro do Amade Trio Salzburg e primeiro cello da Orquestra Sinfônica do Paraná.

Patrocínio e apoios – Para realizar a Oficina de Música, a Prefeitura e a Fundação Cultural de Curitiba contam com patrocínio do Ministério da Cultura, Petrobras, Sanepar e Copel. Além disso, têm os seguintes apoios: Air France, Centro Cultural Teatro Guaíra, Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba, Consulado Geral dos Estados Unidos em São Paulo, Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Escritório do Quebec, FAP – Faculdade de Artes do Paraná, Família Farinha, Goethe-Institut Curitiba, ICAC – Instituto Curitiba de Arte e Cultura, Paróquia Senhor Bom Jesus dos Perdões, Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPR, Rádio e Televisão Educativa do Paraná E-Paraná, Polloshop, SEEC –Secretaria de Estado da Cultura, SESC da Esquina, SESC Paraná, SESC Paço da Liberdade, UTFPR – Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Também contam com o apoio do Projeto Conta Cultura e do Governo do Estado do Paraná.

Serviço:
30ª Oficina de Música de Curitiba
Apresentação da Classe de Método Suzuki
 Data e horário: dia 17 de janeiro de 2012 (terça-feira), às 18h
Local: Capela Santa Maria Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro)
Ingressos: R$ 20 e R$ 10. Venda de ingressos diretamente na bilheteria do teatro, uma hora antes do espetáculo, ou antecipadamente na Capela Santa Maria (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro), diariamente, das 9h às 12h e das 14h às 17h.

Mais informações sobre a 30ª Oficina de Música de Curitiba nos sites:
www.oficinademusica.org.br
www.fundacaoculturaldecuritiba.com.br

Fotografias estão disponíveis no endereço:
http://www.flickr.com/photos/fundacaoculturaldecuritiba

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